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Introdução


Existe uma teoria de que a inteligência artificial usada pelos algoritmos do Google Translate assumia inicialmente o Inglês como ponto-zero na tradução entre duas línguas. Isto é, fosse qual fosse a língua que se queria traduzir, o algoritmo tomava o Inglês como ponto de partida para proceder à tradução na língua desejada.

Passado algum tempo, a equipa de desenvolvimento da Google reparou que a inteligência artificial tinha criado a sua própria linguagem, totalmente desconhecida por humanos, e que tinha substituído o inglês como ponto-zero.
A máquina tinha criado uma proto-linguagem, uma língua-ponte, capaz de harmonizar e anular as barreiras linguísticas humanas.

Esta exposição tem como ponto de partida a procura de uma linguagem comum em duas linguagens plásticas diferentes: o trabalho fotográfico de Daniela Ângelo e o trabalho de gravura de Rita Ferreira. O trabalho destas artistas foi apropriado e submetido a um conjunto de sistemas que, embora preservem aquilo que são as qualidades idiossincráticas de cada um, atuam como um filtro que esbate as fronteiras linguísticas que os distanciam para encontrar um ponto de fusão.

Com o uso de prismas, lentes caleidoscópicas e a subversão dos protocolos de laboratório, a luz das fotografias de Daniela Ângelo foi geometrizada e decomposta em novas fotografias que sugerem tabuleiros de jogos de madeiras exóticas, mas que são, na verdade, matrizes de uma partitura capaz de produzir um blackout na exposição. Um conjunto de sons violentos são disparados interrompendo os sistemas electrónicos, obrigando a reiniciação de todos os sistemas de processamento de vídeo e som, introduzindo na exposição fragmentos de tempo de exclusividade analógica.

Já as gravuras de Rita Ferreira foram usadas como território capaz de produzir regras e exercer um duplo poder: o poder de decompor o corpo de imagens fotográficas de Daniela Ângelo e a manipulação sonora de alucinações auditivas, capazes de produzir um ambiente de perfeita harmonia.

A partir da utilização de várias técnicas que permitem o controle da luz, a exposição propõem um exercício linguístico capaz de transpor qualquer imagem para um território comum, com uma dialéctica universal e mecânicas partilhadas, à semelhança daquilo que é potenciado diante de um tabuleiro de jogo.

 

Igor Jesus

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