Diante do cenário deslumbrante do mar aberto: a dança efémera e o ritmo constante e profundo do universo. Através do poder do movimento intenso e contínuo em espiral, a performance “Vela” convida à contemplação das profundas ligações entre a humanidade e a natureza, uma dança que ecoa a harmonia intangível e tangível entre o vento e o mar.

A dança canaliza a essência do vento e da água através do corpo, que flui e se move como as próprias ondas, desenrolando-se como uma vela colhida por uma tempestade. A brisa do mar parece responder, tornando-se mais animada, como se estivesse dançando por si mesma.

O tempo e a realidade confundem-se à medida que o corpo e os elementos se tornam num só. “Vela" é um mergulho num reino onde os elementos da natureza e o poder etéreo da dança se entrelaçam, um transe rodopiante num vórtice de energia que capta e se dissolve nos elementos que o cercam.

Fotografia por João Brites / Solar Galeria de Arte Cinemática