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Locus Amoenus, Locus Horribilis - 1 -
"Locus Amoenus, Locus Horribilis"
EM CONSTANTE MUTAÇÃO, DE NOVO

"O lugar onde a presença humana se desenrola é uma paisagem em movimento, em constante mutação.” A citação é de Jonathan Uliel Saldanha, um dos artistas mais relevantes da contemporaneidade da arte portuguesa de caráter multidisciplinar, e é precisamente com a exposição “Locus Amoenus, Locus Horribilis”, da sua autoria, que a Solar - Galeria de Arte Cinemática termina o seu programa anual de atividades. Construtor sonoro e cénico, Jonathan Uliel Saldanha, opera sistemas onde pré-linguagem e cristalização, animismo e eco, deslocam-se entre a luz, som, espaço e gesto. As suas obras constroem-se a partir da junção de áreas artísticas como a música, performance e vídeo, de forma sui generis, quase mística e sempre surpreendente. Artista que projeta a nível internacional a partir da sua base no Porto, participando, individual ou coletivamente, em exposições, ciclos e festivais dedicados às artes performativas, à música ou, até, às artes plásticas.

Em “Locus Amoenus, Locus Horribilis”, observam-se excertos selecionados a partir das experiências fílmicas desenvolvidas por Jonathan Uliel Saldanha nos últimos anos, as quais foram digitalmente trabalhadas em várias etapas, por camadas, e nas quais explora ambientes insólitos, como o de um tribunal afásico e desmembrado, lugar de inquérito a um objeto estático e ausente. Nas palavras do artista: “Este Locus Horribilis é também uma “caixa negra”, um sistema/oráculo opaco do qual se entra e se sai, mas com pressupostos indecifráveis mediados pelo seu efeito. Um volume opaco cujo protocolo permite olhar o acidente, coordenada precisa para o contorno.”

Para esta exposição, toda a projeção vídeo é articulada a partir do material fílmico gerado durante a performance NEXØ encenada com Catarina Miranda e apresentada na Reitoria da Universidade do Porto em 2015, reconstruída posteriormente enquanto filme para a peça “SØMA”, apresentada em novembro de 2018, no Pequeno Auditório Culturgest, em Lisboa para o Festival Temps d’Image e em janeiro de 2019 na Sala Rivoli TMP, no Porto, onde serviu de partitura visual a um grupo de intérpretes surdos.

Para o espaço e linguagem brutalista da arquitetura da Solar, o artista criou uma nova instalação em quatro capítulos onde o som e as projeções vídeo evocam as relações intangíveis deste tribunal mudo habitado por objetos e humanos. Voltando às palavras de Jonathan Uliel Saldanha: “A paisagem no seu modelo canonizado vegetal-mineral apre- senta-se com diferentes níveis de opacidade, os agentes humanos, inumanos e espectrais que a atravessam oscilam entre os diferentes níveis de acesso, a natureza do lugar é inconstante e provoca desenlaces nos agentes.”

A cooperativa Curtas Metragens CRL tem vindo a seguir o trabalho do artista desde a sua primeira colaboração, em 2015, constituindo agora “Locus Amoenus, Locus Horribilis” um corolário desta relação. Ainda este ano Jonathan Uliel Saldanha integrou a exposição coletiva de homenagem ao centenário da produção do filme “O Gabinete do Dr. Caligari”, do cineasta Robert Wiene, figura marcante do expressionismo alemão. A exposição “O Caso Caligari”, que teve lugar também na Solar - Galeria de Arte Cinemática e decorreu em paralelo ao 27º Curtas Vila do Conde, contou com trabalhos inéditos dos artistas Daniel Blaufuks, Eduardo Brito e Reiner Kohlberger. “Anoxia”, de Jonathan Uliel Saldanha, que foi apresentada numa nova fórmula, com som em quatro canais e imagem vídeo em dupla projeção, foi elaborada a partir de filmagens realizadas numa “ruína contemporânea de um passado recente”, o Palácio São João Novo, no Porto, antigo Museu de Etnografia e História até 1974 e depois tomado pelo arquiteto Fernando Lanhas. Ainda antes, Jonathan Uliel Saldanha tinha já participado na programação da Solar – Galeria de Arte Cinemática com uma performance a propósito de uma exposição que arrancou com o Curtas Vila do Conde de 2015, Ruins/ Rites/Runes, de Ben Rivers e Ben Russell. E em 2018, durante o mês de julho, o artista trabalhou em conjunto com Moor Mother, artista norte-americana, numa residência promovida pela Curtas Metragens CRL e pela MAD Summer School/IPP. O trabalho resultou numa composição musical inédita, que teve estreia na secção “Stereo” do 26º Festival Curtas Vila do Conde.

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